Em setembro de 2000, os Países Membros da ONU adotaram a Declaração do Milênio - documento baseado nos resultados das Conferências Mundiais realizadas pela ONU durante a década de 90 - que estabeleceu a Agenda de Desenvolvimento a ser adotada de 2000 a 2015, composta pelos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
Com a adoção da Declaração, os Países se comprometeram a estabelecer uma parceria global para atingir esses 8 Objetivos: ODM 1 - Acabar com a fome e a miséria; ODM 2 - Oferecer educação básica de qualidade para todos; ODM 3 - Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; ODM 4 - Reduzir a mortalidade infantil; ODM 5 - Melhorar a saúde das gestantes; ODM 6 - Combater a Aids, a malária e outras doenças; ODM 7 - Garantir qualidade de vida e respeito ao meio ambiente; ODM 8 - Estabelecer parcerias para o desenvolvimento. Em especial, o desafio mundial de reduzir pela metade a fome e a extrema pobreza, até 2015.
Ao longo destes 15 anos, a Declaração do Milênio promoveu significativos avanços sociais no mundo todo.
No Brasil, ela norteou todas as políticas públicas federais implantadas a partir de 2003. Devido a isto, o país foi exitoso no atingimento das Metas ODM pactuadas com a ONU e protagonista no processo de negociação multilateral - iniciado em 2012, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) e concluído durante a 70ª Assembleia Geral da ONU, em 2015 - que produziu a Agenda 2030, nova Agenda de Desenvolvimento a ser adotada de 2016 a 2030, composta pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A elaboração da nova Agenda foi marcada por ampla participação social, por isto a Agenda 2030 representa não só um compromisso firmado entre Chefes de Estado, mas também os anseios da sociedade global por igualdade e justiça social.
Patrícia M. Menezes
Co-fundadora da Rede ODS Brasil
* Texto publicado originalmente no Informativo Mensal da Rede ODS Brasil - Edição 1, Janeiro de 2016.